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Por Celso Poesia
Nossa vida por vez parece entrar em caminhos tão desconhecidos
Que nossas trilhas se tornam em labirintos indecifráveis.
É aquele momento que entramos em desespero.
Nos encontramos com a sensação que não haverá um ponto de retorno.
O fim se aproxima…
E o recomeço é apenas uma grande ilusão.
Não encontramos soluções.
Aqueles que deveriam estar ao nosso lado se tornam invisíveis…
Indiferentes.
Praticamente estamos sozinhos num universo gigante.
É quando nos deparamos com o famoso Golias.
De dimensões bem maiores com as descritas nos relatos sagrados.
É como entrar em estágio de afogamento no infinito mar;
Em meio altas ondas violentas e traiçoeiras;
Sendo levado para o fundo por redemoinhos temerosos.
É quando temos a sensação ou a certeza
Que nenhuma embarcação chegará para o resgate.
Nossa vida por vez envereda em percursos tortuosos e assombrosos.
Que nos fazem sentir medo até das gotas de orvalho.
Gotas de orvalho que transformam uma sensação de felicidade e única
Em profundas feridas incuráveis.
Sem remédio para tratamento.
É possível que isso seja uma determinação estabelecida pela lei existencial.
Mas como todas as leis que regem o universo…
Por mais que o homem tente explicar,
Ficaremos presos em teorias questionáveis com o passar do tempo.
Com o passar das eras.
Muitos defendem que escolhas decidem o futuro.
Porém a matemática é um tanto que incerta.
A realidade é que nem sempre controlamos o futuro por nossas escolhas.
Afinal…
Ninguém escolhe adoecer e viver em estágio terminal;
Não conheço ninguém que tenha escolhido nascer na pobreza
E saborear o amargo da vida na miséria.
Não li relatos de nenhum jovem que decidiu nascer em época de grandes guerras;
E perder vida com um único tiro em campo de batalha.
Logo no momento que iria conhecer o doce prazer da existir .
Ninguém escolheu nascer negro em épocas de escravidão;
E sofrer todas as dores que um corpo humano poderia suportar.
O que dizer das pessoas infligidas por pragas;
Pestes e sendo dizimada quase que de forma instantânea.
Sendo excluídas; desprezas.
Largada aos cuidados da morte.
Como entender uma mãe
Que vê o filho amado
Dá o último sorriso em um leito de hospital.
Fechando os olhos suavemente.
Poderíamos passar a infinidade e um pouco mais…
Resgatando todas as aflições não escolhidas;
Mas no final, mesmo assim…
Não teríamos uma boa explicação para confortá-lo.
Esse conforto que tantos estão a procura…
E que se torna quase inalcançável.
Vivemos a época que a sede não se sacia;
Mesmo vivendo as margens de rios caudalosos.
Vivemos um momento que nossas dores parecem ser maiores que em todas as eras;
Apesar de não haver uma doença diagnosticada.
Nossas feridas não são exportas;
Nem somos subjugados a sofrimentos e torturas corporais;
Mas nosso coração chora…
E nossas pernas não sabem por qual caminho percorrer!
Apesar de confuso…
Retorno para os caminhos desconhecidos.
E por assim ser. Poder ser.
Que alguma resposta seja encontrada neste mundo de aflições.
E neste momento, apenas peço…
Que continue procurando…
Entendendo por enquanto
Que nem toda dor e aflição é fruto de condenação.
Apenas não desista.
Ainda há muitos quilômetros a seguir.
Nesta estrada desconhecida.
E quem sabe… Quem sabe…
Esse desconhecer,
Seja o sentido da vida.
Que você procura entender.
https://www.instagram.com/celsopoesia/
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