Na primavera, no verão
Despertou um amor na Colônia
Longe da incansável perseguição
Dongo e Denga era uma só emoção
Na brisa das manhãs
Longe da lida do casarão
O horizonte era o caminho
Fugiam no descuido do capitão
Não tinha fadiga, nem cansaço
Prosa de namoro era solução
Eles lutavam por uma condição
Amor sem vaidade e sem prisão
Parecia que nada os impediam
E tudo se encaixava
Tinha beijo com balaio
Tinha cheiro de madrugada
Amor que outrora não poderia viver
Amor que, com eles, criou -se formas de sobreviver
Amor de dores e confusão
Amor de lutas que virou paixão
Assim era Dongo e Denga
No paraíso da sedução
Sobreviveram no amor
E, uniram-se, à um só coração
Por Abdias Costa da Silva


